Optei por esse modelo de lançamento como forma de agradecer a todos aqueles que, direta ou indiretamente colaboram na concepção das histórias. E também porque para fazer um evento online para um público maior é preciso treinar primeiro com vários eventos menores.
Em se tratando de eventos presenciais, haverá um entre Setembro e Outubro, que será o lançamento de La Frontera 3, no Salão do Livro de Presidente Prudente.
No live de lançamento de La Frontera 2, eu respondi as seguintes perguntas que me foram enviadas:
Érika (Rondonópolis - MT): O que te inspira a continuar escrevendo? Pretende fazer do La Frontera uma trilogia?
O que me inspira a continuar escrevendo é ver na escrita uma forma de conscientizar as pessoas sobre como podemos melhorar. Não são histórias escritas com o objetivo de fazer com que as pessoas passem tempo, mas de passar uma mensagem mais profunda.

Júnior (Regente Feijó - SP): La Frontera 2 é inspirado em fatos do seu cotidiano?
O que tem do meu cotidiano no livro é a minha Fé. Minha Fé faz parte da minha vida e alguns personagens pensam como eu. Mas a realidade da história é completamente diferente da minha e da maioria das pessoas daqui da onde vivo. O cenário, a situação, a localização, são bem fora da realidade de muitos de nós, mas não é nada surreal, poderia acontecer com qualquer um.
Adamine (Taciba - SP): O tipo de fala dos personagens como "daí" e "piá" são típicas do lugar onde a história se passa? Você pesquisou o jeito de falar das pessoas para inserir no livro também?
A história se passa no Paraná, por isso os personagens tem sotaque paranaense, mas não de forma exagerada. Usei muito o "daí" e o "piá", bem como algumas gírias do Mato Grosso do Sul também, já que Guaíra fica nas proximidades.
Eu fiz algumas pesquisas sobre o sotaque do Paraná, mas a inspiração real foram os paranaenses com os quais convivo e convivi, e também o que escutava sempre que ia lá.
Isabeli (São Paulo - SP): Gostaria que suas histórias virassem filmes? Por quê?
Sem dúvida. Acho que todo escritor acha o máximo ver sua história virando um filme, pois é uma forma de conhecer outras visões que tiveram sobre o texto.
Aqui no Brasil as pessoas vêem mais filmes do que lêem livros, então seria uma forma de popularizar a história também.
Juliani (Regente Feijó - SP): Os lugares citados no livro, como por exemplo a lanchonete que a Jaqueline trabalhava, foram criados por você ou são lugares visitados por você em suas viagens a Guaíra e Paraguai?
A maioria dos lugares citados na história de fato existem, como as Marinas, a Ponte Ayrton Senna, a ponte pênsil, etc. A lanchonete foi um lugar que eu vi perto da ponte pênsil em uma das minhas viagens a Guaíra, mas eu não sei ao certo se era uma lanchonete, só sei que era um lugar para comer kkk. Aquela região é muito interessante e inspiradora, não há dificuldade para se criar cenários ali.
Cíntia (Presidente Prudente - SP): O que te inspirou para escrever o livro?
Percebi que a maioria das pessoas têm uma dificuldade muito grande em enxergar umas às outras por dentro. Julgam pela aparência, pensam apenas em si mesmas e não param para tentar ver o que há por trás do olhar triste de certas pessoas, não vêem o interior, o histórico, as lutas daquela pessoa.
Então a história foi uma forma de tentar incentivar o público a procurar enxergar seu próximo por dentro, além de fazer refletir sobre a verdadeira Fé, representada pelo personagem do Arthur, que não desistiu da Jaqueline apenas por esse motivo.
Maria Eduarda (Água Boa - MT): La Frontera 2 conta a história de Arthur e Jaqueline ou conta sobre a irmã e o irmão do Arthur?
Continuamos acompanhando a trajetória do Arthur e da Jaque, que agora têm desafios ainda maiores para enfrentar. Mas também continuamos acompanhando o Beto e a Amanda, além de novos personagens que surgem dificultando algumas coisas.
La Frontera 2 é o recheio do bolo, a transição do primeiro para o terceiro, que é o conflito final.
Soellyn (Regente Feijó - SP): O que podemos esperar de novidade em La Frontera 2? Principalmente com o Arthur e a Jaque...
Não posso dar spoiler, mas posso garantir que tem muitas novidades para o Arthur e a Jaque. O final do La Frontera 1 mostra que após cinco anos eles estão juntos e têm um filho, mas o La Frontera 2 e também o 3, mostram a trajetória deles até chegar nesse ponto. E pode crer que foi uma aventura e tanto que eles passaram.
André (Indiana - SP): Na continuação podemos esperar novos personagens?
Sim, alguns deles na verdade são fantasmas do passado, pessoas que fizeram parte da vida dos protagonistas antes e que voltam para criar problemas para eles.
Larissa (Taciba - SP): De onde vem os personagens? Alguns deles tem a forma de pensar ou agir de alguém que conhece?
Os personagens não são "xerox" dos meus conhecidos, mas também não surgem do nada. No meu dia- a-dia eu observo muito o comportamento, as ações e reações das pessoas e fico tentando entender o porquê de agirem daquela forma. Eu levanto hipóteses sobre o comportamento das pessoas e faço fusões de personalidades.
Ou seja, eu pergunto a mim mesma: Por que será que essa pessoa age assim ou assado? A resposta hipotética para essa pergunta já vai me dar uma ideia. E se eu pegar a resposta sobre a personalidade dessa pessoa e fundir com a resposta sobre o comportamento de uma outra pessoa, vai dar um ótimo personagem e uma ótima história. Na maioria das vezes é assim que funciona. A Jaqueline nasceu assim.
O Arthur não, ele é uma idealização sobre o que eu penso de como um homem deveria se comportar, mesmo com defeitos (e ele tem defeitos), ele é o mensageiro do que eu quero transmitir na história e é uma junção de tudo o que vejo de melhor nas pessoas que conheço.
Alexandra (Taciba - SP): La Frontera 2 é um livro onde o Paraguai também foi sua inspiração? Sabemos que na vida temos que atravessar fronteiras para chegarmos onde queremos. O livro tem como objetivo ajudar a atravessar essas fronteiras? Se tem, como?
O título La Frontera é exatamente sobre isso. É um título enigmático, pois não se trata apenas de atravessar a fronteira do Brasil para o Paraguai, mas atravessar a fronteira da dúvida para a certeza, do medo para a Fé.
Tanto o Arthur quanto a Jaqueline tiveram que atravessar suas fronteiras interiores para que um conseguisse entrar no mundo do outro. Essa é a mensagem que quero transmitir, que temos que atravessar nossas próprias fronteiras.
Em relação ao Paraguai, continuamos falando sobre nosso país vizinho nesse e no próximo livro. Foi uma forma de mostrar que o Paraguai não é só aquilo que nos falam. Há muito mais para se conhecer e respeitar.
Valdete (Taciba - SP): Podemos esperar algo surpreendente entre Arthur e Jaqueline em La Frontera 2?
Sem dúvida! Mas não posso falar rsrs. Mas é muito surpreendente tudo o que acontece com eles, e acho que se muitos leitores já os consideravam velhos conhecidos, agora então vão considerar mais ainda, pois os conhecerão muito melhor.
Leandra (Regente Feijó - SP): La Frontera 2 é só sobre a continuação de Arthur e Jaqueline?
A história dos dois toma um rumo, cheio de desafios, mas toma um rumo. Por causa desses desafios, a gente vai entendendo melhor outros personagens também. Um personagem que aparece com grande destaque em La Frontera 2 é o Beto, que irá surpreender os leitores. Vão amá-lo ou odiá-lo. kkk.
0 comentários:
Postar um comentário
Participe deixando sua opinião :)