Os filmes deste gênero saíram daquele campo que se limitava a falar apenas do Apocalipse e passaram a abordar temas do cotidiano pela visão cristã.
É bem verdade que, com o aumento da produção cinematográfica cristã, obras não tão boas assim surgiram nessa leva de filmes, nos obrigando a garimpar as melhores. Mas o legal é que tem muita coisa bacana para ser vista também.
Vale ressaltar que, como orienta o roteirista Brian Godawa em seu livro "Cinema e Fé Cristã - Vendo filmes com sabedoria", é necessário que tenhamos discernimento para não sermos anoréxicos tampouco glutões culturais. Ou seja, não aceitarmos tudo, mas também não repudiarmos tudo. Como cristãos conscientes e inteligentes, devemos buscar o equilíbrio.
É isso que procuro fazer nas análises que publico aqui no blog, sejam elas de livros ou de filmes e sejam eles cristãos ou não.
Analisando o filme em questão, "A Letra que Mata", notei pontos muito positivos, mas também pontos negativos, que descrevo a seguir.
Positivamente, posso citar de início a ousadia do roteirista (que não descobri quem é) em escrever um suspense gospel que critica a religiosidade tão presente nas igrejas evangélicas. Isso foi muito inteligente e corajoso da parte dele.
Também achei bacana a tradução do título para português. O título original é "Dangerous Calling", em tradução livre "Vocação Perigosa". O título em português remete à passagem de 2 Coríntios 3:6 que diz:
"Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica".

Negativamente, posso citar algumas cenas isoladas do filme, como por exemplo uma em que o pastor Evan (Steven Caudill) diz em tom de brincadeira: "Deus me odeia". Brincadeiras à parte, essa fala evidencia uma característica do personagem: um pastor com pouca convicção de sua Fé, que procura sempre o caminho mais fácil e tenta agradar a gregos e troianos, inclusive em suas pregações prontas e decoradas.
Sua esposa, Nora (Carrie Walrond), é quem apresenta um pouco mais de coragem e convicção, mas não é um tipo de cristã que demonstra aplicar a Palavra de Deus em seu dia a dia, recorrendo à mentira quando sente necessidade.
Assista o filme com atenção e você vai conseguir reparar tudo o que estou dizendo.
Vale a pena assistir, pois não sei se há pessoas que chegam à atitudes extremas como a senhora Pat, mas tem doido pra tudo, não é? kkk. Então assista e reflita sobre os malefícios da fé religiosa, pois a Fé que agrada a Deus nada tem a ver com religião. No dia que você entende isso, pode crer que está livre.
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